domingo, março 24, 2013

LIBERTÁRIOS OU LIBERTICIDAS? OU: A INTOLERÃNCIA DOS TOLERANTES


Lá vou eu, pedir para ser crucificado de novo. Já estou de dedo fino de tanto escrever e de tanto ser ser mal-interpretado nesta questão. Mas é o preço a pagar por não seguir a manada e pensar com a própria cabeça. Além do mais, alguém tem que ser o advogado do diabo. Vamos lá.
 
Antes, porém, faço questão de repetir o que já afirmei aqui: é triste constatar que, hoje em dia, questões como "raça", "gênero" e "opção sexual" sejam as únicas causas mobilizadoras capazes de provocar ondas de revolta e retirar as pessoas de seu habitual torpor. Quem tem raça é cachorro, já disse João Ubaldo Ribeiro. Gênero, por sua vez, é uma palavra inventada por feministas para substituir, metafórica e literalmente, o sexo. Quanto a opção sexual, o nome já diz tudo: trata-se de uma opção, uma questão privada, pertencente unicamente à esfera particular. Como tal, deveria fazer tanta diferença quanto gostar de manteiga ou de geléia no café da manhã. Pelo menos é assim que deveria ser.
 
Deveria, mas, infelizmente, cada vez mais se politiza essas questões. Aí está todo o escarcéu dos "militantes" gayzistas por causa de alguns comentários de um pastor evangélico, feitos no Twitter dois anos atrás, e interpretados - erradamente, diga-se - como "racistas" e "homofóbicos" para demonstrar que, no Brasil de hoje, a estupidez virou regra. No país da indignação seletiva, uma alusão bíblica (ainda por cima, equivocada) em uma rede social é motivo para uma insurreição para expulsar o autor das frases da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Em seu lugar, deveria entrar um parlamentar realmente comprometido com a causa dos direitos humanos e das minorias, como o deputado-BBB Jean Wyllys, cujo partido, o PSOL, defende uma ditadura, a dos Castro em Cuba, e tem um terrorista, o italiano Achille Lollo, como um de seus fundadores... Mas isso não causa escândalo, nem gera atos de repúdio, assim como não causa nem um muxoxo a gastança de Dilma e da companheirada no Vaticano, ou o fato de outras comissões do Congresso, como a de Constituição e Justiça (de Justiça!) e a de Ética (de Ética!), serem integradas, respectivamente, por mensaleiros condenados como José Genoíno e João Paulo Cunha e por aliados de Renan Calheiros.  Tampouco leva às ruas o silêncio indecoroso de Lula da Silva, que já dura mais de 120 dias, sobre as relações nada decorosas de sua "amiga íntima" com o poder. Indignar-se com isso é coisa de moralistas de classe média, decretaram os monopolistas do bom, do belo e do justo...  
 
Se tem uma coisa que a fúria dos gayzistas e simpatizantes contra o pastor Marco Feliciano deixou clara como água benta é que a intolerância mudou de lado e que, definitivamente, "militantes" não sabem o que é democracia. Sim, o deputado Marco Feliciano não é a pessoa mais apropriada para presidir a CDH. Sim, as idéias dele são boçais. Sim, ele explora os fiéis de sua igreja. Tenho, aliás, um motivo a mais para querer vê-lo longe da comissão, pois ele foi para lá conduzido por um conchavo do PT com o PSC (o que mostra, pela enésima vez, que os petistas apenas usam as minorias para alcançar seus objetivos políticos, descartando-as quando deixam de ser politicamente convenientes). Tudo isso é certo. Mas não, senhores. Marco Feliciano não é "racista", muito menos "homofóbico" - é idiota, apenas. Quem tiver curiosidade que dê uma olhada no que ele escreveu no Twitter e veja por si mesmo. Dizer "africanos (e não "negros" ou "afrodescendentes") descendem de um ancestral amaldiçoado de Noé" não é racismo: é ignorância, inclusive religiosa. É algo lamentável, ainda mais se tratando de um deputado federal, e se dependesse de meu voto ele não estaria no Congresso, em primeiro lugar. Mas onde está escrito, em que Lei, em que artigo da Constituição, que é crime ser tolo e escrever bobagens no Twitter? (E o vídeo em que ele pede dinheiro dos fiéis?, perguntaria alguém. Respondo lembrando que tal prática não difere no essencial de outros dízimos que existem por aí - o PT que o diga.) 
 
É essa a questão, e que passou despercebida entre tantos abaixo-assinados e atos de repúdio organizados pelo Facebook. Estão linchando um deputado por declarações obscuras no Twitter. E estão usando táticas de quem não dá a mínima para coisas como democracia e direitos humanos. Há alguns dias, um grupo de "militantes" tumultou a sessão da CDH presidida pelo deputado na base do berro e da violência. Criaram, assim, um precedente perigoso, com o apoio e a cumplicidade da maior parte da grande mídia: de agora em diante, qualquer baderneiro poderá interromper a seu bel-prazer uma sessão da Câmara, se não concordar com o que lá se diz. Agiram, assim, como os trogloditas que tentaram calar, também na base do berro e da agressão física, a blogueira dissidente cubana Yoani Sánchez quando da visita desta ao Brasil, no mês passado. "Ah mas foi em nome do bem"... Os gorilas fascistóides que vaiaram e ameaçaram Yoani pensam da mesma maneira.
 
Ainda que Marco Feliciano fosse racista e, vá lá, "homofóbico", a indignação contra ele teria um indisfarçável odor de hipocrisia e de duplo padrão ideológico e moral. Francamente, não vejo diferença nenhuma entre um religioso que faz declarações racistas ou machistas contra negros, mulheres e homossexuais e um militante gay ou feminista que, em nome da tolerância, quer impor sua agenda política à sociedade, às custas da pluralidade. Não vejo diferença entre quem ofende minorias e quem invade igrejas pelado tentando perturbar a missa. Ambos são, para mim, fundamentalmente intolerantes. Os últimos são até mais, pois contam com o apoio da maior parte da imprensa e com um discurso hegemônico desonesto construído durante décadas. Este discurso se baseia na auto-vitimização e na demonização de quem pensa diferente, a ponto de tolher qualquer debate.

Uma coisa é alguém incitar a violência física contra negros, mulheres, gays etc. Isso é crime, e ponto final. Outra coisa, muitíssimo diferente, é simplesmente manifestar uma crença religiosa, ainda que erradamente. Por mais absurda que pareça uma religião, este ateu que vos escreve defenderá até o fim o direito – e é um direito! – de padres, pastores, rabinos e mulás praticarem seu credo como bem entenderem, desde que não avancem sobre os direitos dos outros (o que está na Lei, não no programa de nenhum partido ou “movimento”). Concordando-se ou não com o que dizem, é um direito deles citar a Biblia, o Talmude ou o Corão, assim como é um direito de gays e lésbicas fazer o que quiserem em suas vidas privadas sem serem importunados. E esses direitos fundamentais de ambas as partes, ao contrário do que dizem muitos militantes, já existem! Felizmente, Estado e religião são, pela Lei, coisas distintas e separadas no Brasil, assim como deve ser o Estado de qualquer “movimento” (assim, pelo menos, espero).

Hoje, no Brasil, quem quer que ouse criticar qualquer demanda do movimento gay, ainda que timidamente, é imediatamente rotulado como “homofóbico”, ainda que ninguém – repito: ninguém – saiba definir exatamente o que seria “homofobia”. Mesmo (ainda) sem Lei alguma que estabeleça o que seria isso, já se pretende impedir que pessoas se manifestem livremente sobre o assunto, pois não estariam fazendo isso de acordo com a cartilha “politicamente correta”. A pretexto de coisas como “tipificar o crime de ódio” (francamente, é possível tipificar um sentimento?), o que me parece cada vez mais claro é que se quer separar os cidadãos em categorias com mais e menos direitos. Isso significa acabar, na prática, com a igualdade jurídica. Pior: instituir o delito de opinião. E delito de opinião, meus caros, só existe em ditaduras. E todas as ditaduras são essencialmente más – seja uma ditadura teocrática, seja uma ditadura gay.

Tentar excluir de uma comissão de Direitos Humanos um membro por ser pastor, ou por ter crenças consideradas absurdas, é uma atitude tão intolerante quanto querer obrigar todos a rezarem a Bíblia toda manhã. Se o caso pertence à esfera criminal, não há o que discutir, mas, se é devido à uma opinião considerada "politicamente incorreta", não há como negar o viés ideológico da exclusão. Ninguém está obrigado, por Lei, a não ter preconceitos, tampouco a gostar de quem quer que seja. Até porque, se for para excluir deputados de comissões por suas crenças absurdas, não sobraria um deputado ou senador do PCdoB ou do PSOL no Congresso.


Às vezes é preciso repetir o óbvio: todos são iguais perante a Lei. Esta não distingue entre quem é e quem não é crente, ateu, branco, negro, mulato, índio, hétero, homo, bi ou assexuado. É por esse motivo que a Justiça é representada com uma venda nos olhos: ela é cega para essas questões. Espero que continue a ser.


Sim, Marco Feliciano não me representa. Mas quem disse que gente como Jean Wyllys representa o lado da tolerância e da democracia?

domingo, março 10, 2013

"A Onda" - Um filme muito oportuno

Não deixem de assistir ao filme alemão "A Onda" (Die Welle), de 2008, baseado num telefilme homônimo americano de 1981. Tem tudo a ver com o que está acontecendo na América Latina de hoje, assim como no Brasil desde, pelo menos, 2003.  Num país e numa região onde se pranteiam tiranos e onde a pluralidade dá lugar cada vez mais à unanimidade e à uniformidade ideológica, nada melhor do que a ficção para nos lembrar da realidade.

Assistam a "A Onda". Vale a pena. 

Segue o trailer:


sábado, março 09, 2013

10 MOTIVOS POR QUE HUGO CHÁVEZ NÃO VAI DEIXAR SAUDADES

Não sou do tipo que se regozija com a morte de alguém. Esta sempre nos diminui, diz a sabedoria convencional. No entanto, é forçoso admitir que, em alguns casos - ditadores, por exemplo -, o desaparecimento físico de um indivíduo constitui, senão uma solução, pelo menos um alívio, uma libertação.

Hugo Chávez, o ditador in the making da Venezuela, encaixa-se perfeitamente nesse figurino. Falecido após longa doença no dia 5 de março - mesma data do 60. aniversário da morte de Josef Stálin, talvez o tipo perfeito de ditador -, Chávez não vai deixar saudades, a não ser para sua corriola.

Assim como Stálin, ele foi pranteado por milhões de admiradores, dentro e fora de seu país. Seu funeral, que se arrastou durante a semana, foi seu último gesto teatral, um espetáculo grotesco de necrofilia digno de Evita Perón, Khomeini e Kim Jong il. E, assim como nesses casos, há razões de sobra para não derramar uma lágrima por ele. Vejamos dez dessas razões:
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1 - Destruição da democracia - Chávez apareceu pela primeira vez para o mundo como o chefe militar de uma tentativa fracassada (e sangrenta) de golpe, em 1992, contra o governo constitucional do desacreditado Carlos Andrés Pérez. Preso, passou somente dois anos na cadeia, lançando-se então candidato a presidente. Nesse meio tempo, passou a cortejar a opinião pública, enquanto buscava o conselho político do tirano cubano Fidel Castro (a quem considerava seu mentor) e de uma figura hoje esquecida, o sociólogo argentino Norberto Ceresole, um personagem sinistro, defensor de idéias claramente neonazistas e antissemitas.

Chávez e Norberto Ceresole: o chefe da "revolução bolivariana" e seu guru
 
Munido da ambição de Castro e das teorias racistas e totalitárias de Ceresole, e
amparado num eficiente esquema de marketing político, Chávez conseguiu eleger-se em 1998, apresentando-se como um moderado. Uma vez no poder, rasgou suas promessas de campanha e pôs em ação seu projeto totalitário, à semelhança de Fidel. Em pouco tempo, impôs sua própria Constituição, interveio no Judiciário nomeando juízes dóceis e acabou com a independência dos Poderes, garantindo, por meio de referendos (como Hitler fez), uma permanência de 14 anos no poder, chamando a isso de "democracia participativa e protagônica".
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Não satisfeito com isso, o coronel tratou de dar sua própria interpretação casuística do texto constitucional sempre que os fatos teimavam em não se adaptar a seu esquema bolivariano, descumprindo a própria Constituição quando lhe convinha - a última vez que isso ocorreu foi em janeiro, quando, doente terminal em Cuba, conseguiu que fosse empossado ilegalmente na presidência o vice Nicolás Maduro, agora confirmado no cargo, novamente de forma ilegal (segundo a Constituição, em caso de morte ou ausência do titular, deve assumir a presidência da República o presidente da Assembléia Nacional, Diosdado Cabello).
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O candidato Chávez em 1998: e ele se dizia um democrata...

2 - Populismo desenfreado - Como todo tiranete que se preze, Chávez adotou o populismo com gosto, passando a adular as massas, sobretudo os mais pobres, ignorados por sucessivos governos oligárquicos. Desse modo, usou e abusou dos recursos públicos, garantidos pela renda do petróleo, para financiar projetos assistencialistas, as chamadas misiones, transformadas no carro-chefe de seu governo demagógico e paternalista (e que muitos vêem como seu "legado positivo").
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Como não poderia deixar de ser, as misiones transformaram-se num instrumento de controle político, criando uma grande rede de clientelismo e servindo para forjar uma legião de estadodependentes, que compõem, juntamente com os burocratas estatais e do PSUV (Partido Socialista Unificado da Venezuela, um nome copiado do partido criado por Fidel Castro em Cuba nos anos 60), o grosso da militância chavista. Esta, tornada dependente e infantilizada pelas benesses estatais, hoje chora a morte de seu "paizinho". 
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Nada disso, porém, adiantou muito: passados 14 anos de chavismo, os níveis de pobreza praticamente não mudaram, e 60% da população venezuelana continua pobre. Antes de Chávez, havia pobreza e democracia. Hoje, há pobreza e populismo. A política social foi talvez o maior fracasso do governo Chávez.
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3 - Desperdício de recursos públicos - O populismo não existe sem gastança, e nisso Chávez foi pródigo. Em seu governo, a gigantesca estatal de petróleo do país, a PDVSA, mandou às favas qualquer noção de meritocracia e virou um grande cabide de emprego para a militância, que se entregou gostosamente à tarefa de saquear o Erário. Recursos que deveriam ter sido investidos em tecnologia e produção foram desviados para financiar as misiones assistencialistas ou foram parar no bolso da companheirada. O resultado foi que o país aumentou sua dependência da exportação do petróleo, deixando de investir na diversificação da economia, o que gerou escassez e inflação (hoje, 80% dos alimentos consumidos no país são importados). Chávez também desperdiçou recursos para alimentar sua megalomania, gastando milhões em armas, iniciando uma corrida armamentista na América do Sul. Também desperdiçou recursos de outros países, como no caso da refinaria de petróleo Abreu e Lima, em Pernambuco, que já custou milhões aos cofres públicos brasileiros e que até agora não saiu do papel (não, presidenta Dilma, ele não era um "amigo do Brasil"...).   
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4 - Ataques à liberdade de expressão - Talvez a principal marca registrada de Chávez tenha sido os constantes atentados à liberdade de imprensa, que ele rotulava como "aliada das oligarquias". Chávez foi o presidente que fechou a emissora de rádio e TV mais antiga em funcionamento da América Latina, a RCTV, fundada em 1953. Perseguiu jornalistas, muitas vezes utilizando-se de subterfúgios, como acusá-los judicialmente de calúnia e de evasão fiscal, levando à prisão de vários e ao exílio de tantos outros. Embora a imprensa seja, ainda, teoricamente livre na Venezuela, seu espaço de atuação tem sido cada vez mais reduzido. Diariamente, militantes chavistas acossam jornalistas de oposição, e uma deputada chavista já chegou a invadir ao vivo uma emissão de TV para agredir um apresentador. Além disso, Chávez criou sua própria rede de TV, a Telesul, dedicada 24 horas a louvar seu governo e a fazer propaganda antiamericana. Outros políticos da região, como a argentina Cristina Kirchner e o equatoriano Rafael Correa, seguem na mesma direção. Deve ser por isso que Chávez angariou tantos simpatizantes também no Brasil, onde o governo Lula e o PT tudo fizeram para calar a imprensa não-alinhada - só não conseguiram porque o Brasil felizmente (ainda) não é a Venezuela.
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Milicianos chavistas: qualquer semelhança com o fascismo não é mera coincidência...

5 - Violência contra opositores - Em um regime como o chavista não poderia faltar o elemento da violência contra os que discordam do governo. Com a diferença de que, nesse aspecto, o chavismo resolveu inovar. Em vez de fuzilamentos, como em Cuba, Chávez preferiu terceirizar a repressão, entregando-a a milícias armadas pelo regime, inspiradas nos CDRs (Comitês de Defesa da Revolução) cubanos. Essas milícias, ou "círculos bolivarianos" intensificaram sua ação principalmente após o controverso "golpe" de abril de 2002, no qual Chávez foi temporariamente afastado (ou renunciou, até hoje não se sabe) depois do massacre de 15 manifestantes oposicionistas que participavam de uma marcha contra Chávez em Caracas. Desde então, a intimidação dos adversários políticos do chavismo, de forma ostensiva, tem sido comum na Venezuela, assim como começa a virar lugar-comum em outros países da região.

6 - Aumento do crime e da corrupção - Resultante diretamente dos fatores acima, o crime e a corrupção tornaram-se fora de controle na Venezuela do coronel Chávez.  Hoje, o país é o mais violento da América do Sul, com uma taxa de homicídios per capita superior a qualquer outro da região. Mais que isso, a Venezuela tornou-se, sob o chavismo, um paraíso do tráfico de drogas, convertendo-se num importante corredor de escoamento da cocaína proveniente da Colômbia para os EUA e a Europa. A isso soma-se a corrupção generalizada nos altos escalões governamentais, com o surgimento de uma burguesia bolivariana, tão entusiasta do "socialismo do século XXI" quanto rapace: nos últimos anos, a Venezuela tornou-se um dos maiores mercados consumidores mundiais de carros de luxo e de uísque, e a "revolução bolivariana" passou a ser conhecida popularmente como robolución. Sob Chávez, a Venezuela deixou de ser uma democracia corrompida para se tornar uma proto-ditadura corrupta.

7 - Apoio ao narcoterrismo - Se o regime chavista fosse somente corrupto e leniente com a violência, já seria um escândalo de grandes proporções. Mas Chávez foi além, e transformou a Venezuela num valhacouto de narcotraficantes e terroristas, apoiando abertamente as FARC colombianas, a quem classificou como uma "força beligerante". Em 2004, o "chanceler" das FARC, Rodrigo Granda, foi capturado em pleno centro de Caracas, onde vivia tranquilamente sem ser importunado pelo governo local, e entregue às autoridades colombianas. Chávez, em vez de reconhecer o absurdo de um chefe terrorista abrigado em seu país, ameaçou uma guerra com a Colômbia, ameaça que repetiu em 2008, quando Bogotá matou numa operação de guerra o número dois das FARC, Raúl Reyes, em cujo laptop foram encontradas provas incriminadoras das ligações dos narcoterroristas colombianos com o governo venezuelano (e também brasileiro, o que foi abafado). Pouco depois, descobriu-se que as FARC mantêm campos de treinamento em território venezuelano, e caixas de mísseis anti-tanque AT-4 pertencentes ao exército da Venezuela foram descobertas nos arsenais dos terroristas colombianos. A cada denúncia, Chávez respondeu sempre da mesma maneira: com ameaças de guerra e declarações de apoio às FARC. Foi também no seu governo que se descobriram planos do ETA basco juntamente com militantes chavistas de  assassinar membros do governo espanhol, denúncia esta que, uma vez feita, simplesmente sumiu do noticiário.    
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8 - Aliança com ditadores - O chavismo jamais escondeu suas ambições continentais e mesmo extra-continentais. Como todo regime autoritário e megalômano, sentiu-se atraído por regimes semelhantes, com os quais forjou, graças à ideologia antiamericana comum e aos dólares abundantes do petróleo, sólidas alianças. Entre as tiranias com as quais Chávez se aliou, está a de Cuba, cuja ditadura comunista sobrevive hoje à base dos 100 mil barris de petróleo diários e dos seis bilhões de dólares de ajuda anuais fornecidos pela Venezuela, que substituiu a finada URSS como principal lastro do falido regime cubano. Juntamente com os Castro e com outros governos afins da América Latina (Equador, Bolívia, Nicarágua etc.), Chávez criou uma organização, a ALBA (Aliança Bolivariana das Américas) para confrontar os EUA (seu antiamericanismo, porém, não o impediu de continuar a abastecer o Tio Sam com 15% do petróleo que os americanos importam). 

Outros regimes tirânicos que contaram ou contam com o apoio camarada de Caracas são o do finado ditador líbio Muamar Kadafi, a ditadura teocrática iraniana do antissemita, patrocinador do terrorismo, negador do Holocausto e louco nuclear Mahmoud Ahmadinejad, o regime assassino sírio de Bashar al-Assad e a Bielorússia do último ditador da Europa, Alexander Lukashenko. Todos eles (com a exceção, claro, de Kadafi) mandaram representantes, ou estiveram presentes, bastante emocionados, nas exéquias do coronel em Caracas. Chávez também assinou acordos militares e buscou uma aliança estratégica com a Rússia de Vladimir Putin e com a China dos burocratas comunistas, novamente com o objetivo de enfrentar o "imperialismo ianque". 
O mestre e o pupilo
 
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9 - Ingerência nos assuntos internos de outros países - A proto-ditadura chavista não se contentou em restringir-se a suas próprias fronteiras. Obcecado por Simón Bolívar, o "libertador das Américas", Chávez quis ser ele próprio o Bolívar do século XXI, esquecendo-se, porém, de que Bolívar lutou para libertar as colônias sul-americanas do jugo espanhol, enquanto ele, Chávez, tratou de intervir descaradamente em vários Estados soberanos. As ambições megalomaníacas de Chávez levaram-no a patrocinar uma tentativa de golpe no Peru, em 2005; a arquitetar a volta clandestina (com a vergonhosa cumplicidade do governo Lula) de um presidente golpista deposto legalmente em Honduras, em 2009; e a tentar insuflar um golpe militar para derrubar um presidente constitucional empossado após o impeachment de um aliado no Paraguai, em 2012 (em vez de ter sido repreendido por isso, Chávez foi recompensado com a entrada - ilegal - da Venezuela no Mercosul...). Sem falar no apoio às FARC e nas malas de dinheiro para a candidatura dos Kirchner na Argentina. 

Em todos esses movimentos, Chávez contou com o apoio e a cumplicidade dos companheiros do Foro de São Paulo, criado por Lula e por Fidel Castro em 1990 para "restaurar na América Latina o que se perdeu no Leste Europeu". Tentando emular seu ídolo Bolívar, o coronel igualou-se a Fidel Castro, que apoiou diversos movimentos terroristas na América Latina nos anos 60, tentando igualmente "exportar" sua "revolução". Só conseguiu, na verdade, equiparar-se a um Napoleão de hospício com sonhos grandiloquentes.


Chávez, o pistoleiro maluco
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10 - Falsificação da História - A exemplo de todos os ditadores, Chávez, um obcecado pela História, tentou reescrevê-la para que se ajustasse a sua "revolução bolivariana". O culto de sua personalidade precisava de um símbolo, um herói nacional, e ele foi encontrá-lo na figura de Simón Bolívar, que ele buscou apresentar sob uma roupagem "socialista". Logo Bolívar, um aristocrata que desprezava negros e mestiços, a quem o próprio Karl Marx, num célebre artigo de 1858, chamou de incompetente e covarde, um "Napoleão das retiradas"... Chávez não deu importância a esses fatos, tratando de levar o culto ao Bolívar por ele idealizado até o nome do país, rebatizado de República Bolivariana da Venezuela. E assim como inventou uma cabala da oligarquia colombiana para matar Bolívar, chegando ao ponto de desenterrar o corpo do Libertador para tentar provar essa tese, estimulou todo tipo de teorias conspiratórias. Estas seriam somente ridículas se não revelassem também um forte e inegável traço de insanidade: por exemplo, o terremoto que devastou o Haiti em 2010 teria sido obra de uma "arma secreta" da Marinha dos EUA, e o capitalismo teria destruído a civilização em Marte! (Aliás, os chavistas nem esperaram o defunto esfriar para começar a falar que Chávez foi vítima de um "ataque" de seus inimigos...)

A todos esses fatos poderíamos acrescentar, ainda, a desmoralização do Mercosul, transformado num palanque político para Chávez e suas diatribes antiamericanas, de um nível capaz de corar de vergonha até um militante da UNE. Ou a redução da política a um circo (literalmente), uma palhaçada comandada por um bufão que fez do próprio histrionismo uma forma de se comunicar com as massas... A lista seria interminável.  

Resta, porém, um alento: por suas próprias características, regimes autoritários personalistas, como o de Chávez, quase sempre chegam ao fim com a morte de seus líderes. Desaparecido o chefe, o guia genial e iluminado, simplesmente surge um grande vazio, pois em sua volta não floresce mais do que a sabujice e a mediocridade. Este parece ser o destino do chavismo: ser engolido por sua própria vacuidade ideológica.

Enfim, o legado de Chávez é uma prova de que o populismo não somente destrói as instituições; ele também emburrece e infantiliza. Chávez já vai tarde. Espero somente que a democracia retorne à Venezuela, e que não se cumpra o vaticínio do próprio Bolívar: “Lutar pela liberdade na América Latina é o mesmo que arar no mar".

sexta-feira, março 01, 2013

VOCÊ SABIA...? 100 FATOS QUE OS BAJULADORES DA DITADURA CUBANA NÃO IRÃO CONTESTAR

1 - Antes da tomada do poder por Fidel e Raúl Castro, em 1959, Cuba tinha o 3. PIB per capita da América Latina e um dos melhores níveis de vida do continente, com uma numerosa classe média, ocupando o 11. lugar em qualidade de vida, inclusive nos quesitos saúde e educação, não no continente, mas no mundo?
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2 - Cuba, que é hoje um dos paises mais pobres das Américas (só perde para o Haiti), era, antes de 1959, mais rico do que a Espanha e a Áustria, e tão rico quanto a Itália?

3 - Cuba, que hoje é um país recordista em número de exilados (2 milhões desde 1959), era, nos anos 50, um país de imigrantes, e não de emigrantes? (Somente na embaixada cubana em Roma, ocorreram 12 mil pedidos de visto para Cuba em 1957)
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4 – O salário médio do trabalhador cubano em 1958 era superior ao da maioria dos países europeus?
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5 - O índice de alfabetização em Cuba – apresentada como uma "conquista" do regime castrista – era de cerca de 80% da população antes de Fidel? (Só para comparar: no Brasil, era de 50%.)

6 - Cuba, onde hoje impera a censura e a única imprensa permitida é a controlada pelo Estado, tinha uma das imprensas mais dinâmicas e plurais do mundo, com mais aparelhos de TV per capita do que a Áustria e a Alemanha, e já possuía TV em cores em 1958? (No Brasil, a TV em cores só chegou em 1972.)

7 - Ao contrário da lenda castrista de que a ilha era um paraíso do jogo e da prostituição, só havia 8 (oito!) cassinos em toda Cuba antes de serem proibidos? E o número de prostitutas em Havana não era maior do que o existente em qualquer cidade turística do mundo, como Mônaco?

8 - Em 1958, mais cubanos passaram férias nos EUA do que norte-americanos em Cuba?

9 - Diferente do mito apregoado há mais de cinco décadas, a economia cubana não era dominada por empresas norte-americanas, e os investimentos dos EUA na ilha, em vez de aumentarem, estavam em declínio desde a década de 30?

10 - Fidel Castro começou sua carreira política como pistoleiro, sendo acusado de pelo menos duas mortes e uma tentativa de homicídio quando era estudante na Universidade de Havana nos anos 40?

11 - Fidel Castro participou ativamente dos distúrbios de rua conhecidos como El Bogotazo em Bogotá, Colômbia (1948), que foram organizados pelos comunistas e pela ditadura argentina de Juan Perón para tumultuar a reunião que deu origem à Organização dos Estados Americanos (OEA), e que deixaram milhares de mortos, dando inicio ao período conhecido como La Violencia?

12 - Fidel e Raúl Castro, condenados pelo ataque armado ao quartel de Moncada em 1953, em que morreram dezenas de pessoas, passaram menos de dois anos na prisão, que descreveram como quase uma “colônia de férias”? E, beneficiados por uma anista, jamais a concederam a nenhum de seus opositores?

13 - O livro que tornou Fidel Castro famoso, A História me absolverá, é uma fraude editorial, não sendo, de maneira alguma, a transcrição de sua defesa no julgamento pelo ataque ao Moncada?

14 - A Revolução Cubana não foi originalmente feita para implantar o comunismo na ilha, mas, ao contrário, para restabelecer a democracia (interrompida pelo golpe de Batista em 1952) e restaurar a Constituição democrática de 1940 (que Fidel e seus barbudos jogaram no lixo logo após tomarem o poder)?

15 - Ao contrário do mito constantemente repetido, a Revolução Cubana não começou com 12 revolucionários, e o Movimento 26 de Julho, liderado por Fidel Castro, era um entre vários movimentos que atuavam contra a ditadura de Fulgencio Batista – e a existência desses movimentos foi simplesmente apagada nos registros históricos?

16 - O governo dos EUA não apoiava a ditadura de Fulgencio Batista e inclusive decretou um embargo de armas ao governo cubano que favoreceu enormemente os revolucionários castristas?

17 - A ditadura de Batista caiu devido mais à perda de apoio dos EUA do que à guerrilha, sendo sua queda muito mais resultante de causas políticas do que militares?

18 - O número de mortos em combate durante a luta contra Batista (1956-1959) não foi 20 mil, como afirma o regime dos Castro, mas 182?

19 - O Departamento de Estado dos EUA era quase inteiramente pró-castrista e a CIA – isso mesmo, a CIA!ajudou ativamente (inclusive com dinheiro) Fidel Castro na luta contra Batista?

20 - Apesar disso, Fidel Castro, em 1958 – antes de tomar o poder – já dizia, em carta à sua amante Celia Sánchez, que lutar contra os EUA “era seu destino”?

21 - Quando chegou ao poder, Fidel Castro jurava de pés juntos "não sou comunista" e "não quero o poder", e era considerado um "democrata" e um “humanista” pela grande mídia norte-americana, a começar pelo The New York Times?

22 - Raúl Castro, irmão de Fidel e atual ditador da ilha, é filiado ao Partido Comunista Cubano desde 1953, e foi treinado como agente comunista na antiga Tchecoslováquia?

23 - Raúl Castro é um conhecido torturador e assassino, responsável diretamente pela execução de 70 prisioneiros em janeiro de 1959?


 O hermanito Raúl em ação, num ato de puro amor à humanidade

24 - Fidel Castro, ao tomar o poder, prometeu eleições livres em seis meses e, seis meses depois, com seu poder pessoal consolidado, fez um discurso em que perguntou cinicamente à multidão: "eleições? eleições para quê?"

25 - Ao invés de restaurar a democracia, Fidel Castro extinguiu todos os partidos e proibiu qualquer oposição, criando um regime de partido único - o Partido Comunista de Cuba (PCC)?

26 - Em vez de restabelecer a Constituição democrática de 1940, Fidel impôs uma outra, em 1976, de tipo soviético-stalinista, vigente até hoje?

27 - Os comunistas cubanos, que desprezavam Fidel Castro como um "aventureiro", participaram com dois ministérios do primeiro governo Batista (1940-44)?

28 - O primeiro chefe de governo (primeiro-ministro) apontado pelos revolucionários após a queda de Batista, José Miró Cardona, teve de demitir-se apenas um mês depois por pressão de Fidel Castro? E, dos membros do primeiro governo revolucionário, praticamente nenhum continuava no cargo apenas alguns meses depois, estando ou no exílio ou na prisão?

29 - O primeiro presidente de Cuba depois da queda de Batista, Manuel Urrutia, foi derrubado por Fidel Castro num golpe palaciano por se recusar a apoiar a comunização da ilha?

30 - A maioria das execuções em Cuba foi sumária, e os julgamentos eram uma farsa?


Paredón em Cuba: notem a valentia do cidadão em pé, prestes a disparar o tiro de misericórdia num perigoso "gusano" por um mundo melhor...
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31 - O regime dos Castro vendeu (literalmente) o sangue de muitos fuzilados, drenando-o com estes ainda vivos e usando esse comércio macabro como fonte de renda?

32 - Muitos fuzilados não eram torturadores e agentes de Batista, mas ex-revolucionários que não aceitaram a guinada comunista de Fidel Castro, como William Morgan e Humberto Sori Marím?

33 - Entre os condenados à morte no paredón, estiveram vários menores de idade? 

34 - Um dos mais importantes comandantes revolucionários cubanos, Huber Matos, foi preso e condenado a 20 anos de prisão por ter escrito uma carta a Fidel Castro renunciando a seu posto no governo por se opor à crescente influência dos comunistas na ilha?

35 - Muito antes de os EUA se aperceberem e começarem a planejar a derrubada do regime cubano, Fidel Castro já havia iniciado negociações secretas com a ex-URSS para comunizar a ilha de Cuba?

36 - A tentativa de desembarque de exilados na Baía dos Porcos (abril de 1961) fracassou não devido à resistência das milícias cubanas, mas porque o governo de John F. Kennedy, no último momento, negou apoio aéreo aos incursores, abandonando-os à própria sorte?

37 - Cuba foi palco de uma das maiores guerrilhas camponesas da história da América Latina, na serra de Escambray (1960-1966), que foi combatida pelo regime castrista?

38 - O regime de Fidel Castro estimulou ativamente, inclusive com armas, dinheiro e homens, movimentos terroristas na América Latina já desde 1959, muitos contra governos democráticos e legalmente constituídos, intervindo assim, diretamente, nos assuntos internos de outros países?

39 - Entre os que receberam apoio material do regime cubano, esteve o líder comunista brasileiro Carlos Mariguella, que se orgulhava de ser terrorista e cujo livro Minimanual do guerrilheiro urbano tornou-se a bíblia de muitos grupos terroristas nos anos 70 e 80, como o Baader-Meinhof alemão e o IRA irlandês?

40 - Um dos maiores alvos da subversão patrocinada por Fidel Castro no começo dos anos 60 foi um governo de esquerda, o de Rómulo Betancourt, na Venezuela (1958-1964)? E foi por causa do apoio material aos terroristas que queriam derrubar Betancourt que Cuba foi excluída da OEA em 1964?

41 - O apoio de Cuba a grupos terroristas na America Latina, como os Tupamaros uruguaios, está na origem de vários golpes militares no continente, inclusive no Brasil?

42 - O regime cubano patrocinou atentados e estimulou guerrilhas até mesmo em países aliados de Cuba, como o México?

43 - O general Arnaldo Ochoa Sánchez, mais tarde fuzilado a mando de Fidel Castro em 1989, propôs invadir a Amazônia com um barco repleto de combatentes cubanos para ajudar a luta armada no Brasil em 1973?

44 - A ditadura cubana apoiou ativamente algumas das ditaduras mais perversas e sanguinárias do planeta, como a de Muamar Kadafi na Líbia, a dos Assad na Síria, e a de Kim Il sung na Coréia do Norte? E segue apoiando regimes semelhantes?


Kadafi e Castro: bons companheiros

45 - Militares cubanos lutaram ao lado das forças da ditadura síria na Guerra do Yom Kippur (1973) - uma guerra de extermínio contra Israel?

45 - Entre as ditaduras que tiveram apoio militar de Fidel Castro, conta-se a tirania marxista de Mengistu Hailé Mariam na Etiópia (1977-1991), responsável por mais de um milhão de mortos numa das piores fomes da História, que inspirou a campanha Live Aid e a música pop We Are The World, sucesso nos anos 80?

46 - Militares cubanos estiveram envolvidos em vários golpes de Estado, muitos deles sangrentos, em países da África e da América Latina, como em Granada em 1983, o qual resultou numa intervenção militar norte-americana para expulsar os cubanos do país?

47 - Existem relatos de que tropas cubanas usaram armas químicas em Angola?

48 - Fidel Castro, o autoproclamado campeão da soberania dos países do Terceiro Mundo e da luta contra o imperialismo, aplaudiu a invasão da Tchecoslováquia pelos tanques soviéticos em 1968 e a do Afeganistão em 1979?

49 - Em novembro de 1962, Fidel Castro planejou explodir o prédio da ONU e vários atentados terroristas em Nova York, prenunciando, assim, os atentados contra as Torres Gêmeas de 11 de setembro de 2001?

50 - Durante a Crise dos Mísseis de Outubro de 1962, Fidel Castro queria realizar um ataque preemptivo aos EUA e começar uma guerra nuclear? E que ficou furioso quando o líder da URSS, Nikita Krushev, retirou os mísseis nucleares apontados contra os EUA?

51 - Um dos grupos extremistas apoiados por Havana, os Weather Underground, planejou assassinar o presidente dos EUA Gerald Ford em 1976?

52 - O assassino de John F. Kennedy, Lee Harvey Oswald, era militante castrista e há indícios de que, pouco antes dos tiros em Dallas, ele manteve encontro com agentes cubanos na embaixada de Cuba na Cidade do México?

53 - Durante a Guerra do Vietnã, agentes cubanos ensinaram técnicas de tortura aos militares norte-vietnamitas, e inclusive torturaram até a morte prisioneiros americanos?

54 - Na juventude, Fidel Castro era fã de Hitler e sempre foi um admirador do ditador fascista espanhol Francisco Franco? E chegou a decretar luto em Cuba em 1975, quando Franco morreu?

55 - Ao longo de 30 anos, Cuba recebeu da ex-URSS o equivalente, em ajuda econômica, a cinco planos Marshall, e mesmo assim o país é hoje uma ruína econômica, por pura incompetência do regime?

56 - Fidel Castro, o herói de milhões de jovens "progressistas" no mundo todo, proibiu o rock em Cuba nos anos 60 e perseguiu gays e hippies, internando-os em campos de concentração para que fossem "reeducados" (as UMAPs – Unidades Militares de Apoio à Produção)?

57 - Um dos milhares de jovens cubanos internados à força nas UMAPs foi o famoso cantor Pablo Milanés, autor de Yolanda?

58 - A religião católica foi duramente reprimida em Cuba pelo regime cubano, que se declarou oficialmente ateu, e até a Festa de Natal foi proibida no país 
por 30 anos?

59 - Che Guevara, o ídolo das camisetas, era um psicopata assassino e stalinista, responsável por centenas de fuzilamentos de inocentes, e odiava negros e homossexuais?

60 - Che Guevara, como ministro das indústrias, levou o Banco Central de Cuba à falência e arruinou a economia do país?
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61 - Somente nos seis primeiros meses de 1959, na fortaleza-prisão de La Cabaña, em Havana, foram fuziladas 660 pessoas a mando de Che Guevara? (duas vezes mais do que os mortos pela ditadura militar brasileira em 21 anos)


62 - O número de fuzilamentos em Cuba, calculado em cerca de 17 mil desde 1959, é proporcionalmente superior ao de todas as ditaduras sul-americanas juntas? E, somando-se aos afogados ao tentarem escapar da ilha-presídio, a cifra chega a 100 mil mortos, o que torna a ditadura cubana uma das mais sangrentas da História e, certamente, a mais sangrenta da América Latina?

63 - As tão aclamadas "conquistas sociais" do regime cubano são uma farsa
e antes de 1959 Cuba ostentava níveis muito bons em educação e saúde, inclusive com uma taxa médico/pessoa superior a de muitos países europeus?

64 - A fim de arrecadar divisas, o regime cubano passou a participar, nos anos 80, do tráfico internacional de drogas, associando-se aos cartéis colombianos e ao ditador panamenho Manuel Noriega? (Foi criado inclusive um departamento especial para isso, chamado MC – Moeda Conversível –, apelidado pelos cubanos de MC – Maconha e Cocaína.)


Noriega e Fidel: parceiros de trabalho


65 - Em 1989, o esquema de narcotráfico cubano foi descoberto pela DEA, a agência norte-americana de combate às drogas, mas o ditador cubano se antecipou e mandou fuzilar o comandante militar em Angola, general Arnaldo Ochoa Sánchez, e vários colaboradores, como "queima de arquivo" e também como um expurgo?

66 - O regime de Havana foi o maior patrocinador, durante décadas, dos narcoterroristas das FARC, responsáveis por milhares de mortes numa interminável guerra civil e cujo programa é, nada menos, implantar um regime comunista do tipo cubano no país?

67 - Não há nenhum "bloqueio" a Cuba; há, sim, um embargo econômico norte-americano – que não impede que Cuba comercie livremente com mais de 170 países, e que os EUA sejam hoje o quarto maior parceiro econômico do país (por meio dos dólares enviados por exilados a seus parentes na ilha).

68 - O embargo foi decretado em represália pela expropriação, por Fidel Castro, de 1,8 bilhão de dólares pertencentes a empresas norte-americanas na ilha –  um dos maiores roubos da História?

69 - Em 2004, Cuba ficou em 166. lugar entre 167 países no quesito "liberdade de imprensa", segundo ranking organizado pela Repórteres Sem Fronteiras? (O último lugar ficou com a Coréia do Norte, outro regime comunista.)

70 - A censura em Cuba é tão forte que muitos cubanos não sabem, até hoje, que o homem foi à Lua e que o Muro de Berlim caiu?

71 - Um dos três únicos sobreviventes ainda vivos da guerrilha de Che Guevara na Bolívia, Dariel Alarcón Ramírez ("comandante Benigno"), exilou-se na França e é hoje inimigo declarado de Fidel Castro? (Os dois outros ainda vivem em Cuba, portanto não podem falar abertamente o que pensam do regime.)

72 - Segundo Benigno, que foi diretor-geral das prisões cubanas, a tortura é corrente nas cadeias da ilha, comprovando o testemunho de milhares de ex-presos politicos?

73 - Ainda segundo Benigno, Fidel Castro abandonou Che Guevara para morrer na Bolívia, pois queria se livrar dele e, ainda por cima, criar um mito politico a ser explorado para obrigar os cubanos a trabalhar?

74 - Segundo o ex-agente do serviço secreto cubano Juan Vivés, o presidente chileno Salvador Allende foi morto em 1973 pelos guarda-costas cubanos no cerco do Palácio La Moneda, porque aquele queria render-se aos militares?

75 - Os "cinco heróis" presos nos EUA e que a ditadura castrista quer ver libertados foram detidos por espionagem, e agentes cubanos espionam exilados e governos em diversos países, inclusive no Brasil?

76 - 80% dos presos em Cuba são negros, e 100% dos membros da alta cúpula do Partido-Estado são brancos?

77 - Dentre os cerca de 2 milhões de cubanos e seus descendentes que fugiram da ditadura castrista, estão Alina Fernández e Juanita Castro, respectivamente a filha mais velha de Fidel e uma irmã de Fidel e Raúl Castro?

78 - Em 1995, Fidel castro mandou navios da Marinha cubana atacarem uma balsa repleta de refugiados que tentavam fugir da ilha, a 13 de Marzo, matando 43 pessoas, inclusive 11 crianças?

79 - No ano seguinte, a ditadura castrista abateu um avião do grupo de exilados Hermanos al Rescate, sobre águas internacionais, matando os três tripulantes?

80 - O preso político negro que ficou mais tempo atrás das grades no século XX não foi o sul-africano Nelson Mandela, mas um cubano, Eusebio Peñalver, que padeceu durante 30 anos nas masmorras da ditadura castrista?

81 - Livros como A Revolução dos Bichos, de George Orwell, estão proibidos em Cuba, e a obra completa de inúmeros escritores cubanos, como Reinaldo Arenas, Jorge Valls, Heberto Padilla e Guillermo Cabrera Infante, está totalmente censurada na ilha?

82 - O escritor Reinaldo Arenas, autor de Antes que Anoiteça, ficou vários anos preso e foi torturado porque era homossexual?

83 - Em Cuba, não é preciso cometer nenhum crime para ser preso - qualquer cidadão pode ser detido, a qualquer momento, mesmo sem ter feito nada, por "periculosidade pré-delitiva"?

84 - A quantidade de proteínas consumida pelo cubano médio hoje em dia é inferior à ração média dos escravos cubanos em 1842?

85 - A penúria em Cuba é tão grande que faltam pão, carne e leite, há apagões diários e falta até papel higiênico?


Avante... para o abismo!

86 - A maioria dos cubanos esteve proibida, até há pouco tempo, de frequentar hotéis e resorts, exclusivos para turistas, num verdadeiro apartheid social?

87 - Cuba tem uma das mais altas taxas de suicídios e abortos do mundo, sobretudo entre os jovens?

88 - Embora o Haiti esteja a poucos quilômetros de Cuba, os refugiados haitianos procuram evitar o “paraíso socialista”, preferindo enfrentar uma jornada perigosa pelo mar até os EUA?

89 - Quase todos os dias, cubanos esfomeados e desesperados tentam fugir de Cuba para a base norte-americana de Guantánamo? (A propósito, há dezenas de "guantánamos" em Cuba, como Boniato, Kilo 7, Combinado del Este etc.)

90 - As "manifestações de apoio" ao regime cubano são na realidade orquestradas e baseadas na coação, mediante a vigilância implacável dos CDRs - Comitês de Defesa da Revolução -, encarregados de espionar casa por casa?

91 - Segundo a revista Forbes, Fidel Castro é um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna superior à da rainha da Inglaterra?
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92 - Fidel Castro é certamente o tirano mais amado do mundo - fora de Cuba, e por aqueles que só conhecem a ilha como turistas?
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93 - Em Cuba, a população apelidou Fidel de "Esteban" - este bandido - e costuma dizer que na ilha só se salvarão os que tiverem (Família no Exterior)? 

94 - Quem quer que tenha a ousadia de criticar o regime cubano, ainda que moderadamente, será vítima de assassinato de caráter pelos esbirros da ditadura, sendo tachado de "gusano" (verme), "mercenário", "terrorista" etc.? (Acabamos de presenciar esse fato com a visita de Yoani Sánchez ao Brasil.)

95 - As "eleições" em Cuba são uma farsa grotesca, com partido único e sem pluralidade politico-partidária - e mesmo assim o regime se apresenta como uma "democracia"?

96 - A prostituição em Cuba, de tão generalizada, virou uma quase instituição nacional, tendo dado origem até mesmo a uma palavra - jineteras - para designar as prostitutas cubanas?

97 - Fidel Castro já deixou claro em inúmeras ocasiões que não permitirá reformas políticas e que o socialismo na ilha é "irrevogável"?

98 - Em 1990, Fidel Castro, Luiz Inácio Lula da Silva e várias organizações revolucionárias de esquerda latino-americanas, como as FARC colombianas, resolveram criar o Foro de São Paulo, inspirado na OLAS (Organização Latino-Americana de Solidariedade, criada em 1967 para "exportar" a revolução cubana), com o objetivo declarado de “restaurar na América Latina o que se perdeu no Leste Europeu”?

 

99 - Passados 54 anos, o regime cubano é a ditadura mais longeva do Ocidente, além de uma ruína econômica, política e moral, com ausência total de liberdades, partido único no poder e censura à imprensa, não dá nenhum sinal de que vai acabar um dia, mas mesmo assim ainda há quem o defenda ou se cale diante de suas atrocidades?

100 - Nada disso é divulgado em Cuba? (e muito menos pela "mídia corporativa européia e norte-americana" etc.)

Há mais fatos como estes. Mas acredito que 100 é um bom número.

Você sabia?
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Fontes:


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______. O Verdadeiro Che Guevara e os Idiotas Úteis que o Idolatram. São Paulo: É Realizações, 2010.

MASETTI, Jorge. El Furor y El Delirio: El Hijo de la Revolución Cubana. Barcelona: Tusquets, 1999.

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SCULZ, Tad. Fidel, um Retrato Crítico. São Paulo: Best-Seller, 1987.